sexta-feira, 17 de setembro de 2010

PLAGIANDO O MARCIO...

Filhos...
Despertam em nós os melhores e piores sentimentos.
Os filhos homens - tenho três - têm o dom de me enlouquecer.
Luís Guilherme, 18 anos, é o mais ciumento, o mais exigente e o mais briguento. Sozinho, gripado e carente em São João del Rei, onde mora, me liga implorando que eu vá para lá cuidar dele. Saio de São Vicente às 17h30min, sozinha, sem o documento do carro e vou acudi-lo. Vamos ao cinema, assistir NOSSO LAR, depois comer uma pizza enquanto esclareço suas dúvidas sobre o filme. Durmo em sua casa, no dia seguinte faço faxina no seu quarto e saímos para comprar o que necessita. Volto para casa com uma sensação boa, satisfeita por ter tido meu filhote de volta, afinal há poucos dias ele dizia que iria prestar vestibular bem longe, porque eu não dava folga. Acho que ele percebeu, no auge da adolescência, que mãe serve para alguma coisa além de mandar dinheiro.
Quero que ele saiba que se precisar de mim lá onde Judas perdeu as botas, terei a mesma disponibilidade, afinal sou mãe.
Chiquinho é meu enteado, fez 21 anos dia 23 de setembro. Desde que conheci seu pai que tentamos trazê-lo para nosso convívio, mas sua mãe resistia. Aos 13 anos, rebela-se e sua mãe não consegue mais ter controle. Sobrou pra quem? Deu trabalho este moleque. Fazia tudo que não podia, tudo para chamar a atenção. Não foi fácil. Castigo daqui, algumas surrinhas dali, limite ao extremo, depois de muita luta e persistência, conseguimos obter bons resultados. Chiquinho é hoje funcionário da escola, bom filho, companheiro, sossegado, às vezes faz besteira (QUEM NÃO FAZ?), mas faz parte do aprendizado. Quero que ele saiba que se fosse preciso faria tudo de novo.
Agora chegamos ao caçula, Kauã.
Quando eu me preparava para ser avó, meu marido me diz que vamos adotar um menino. Resisti, mostrei para ele que estávamos passando por problemas com nossos adolescentes e que quando o menino chegasse à adolescência estaríamos 10 anos mais velhos e com menos disposição. Luís Guilherme não aceitava mais um irmão, enfim, usei todos os argumentos possíveis, mas quando um filho é destinado para alguém, nada se pode fazer para impedir que isto aconteça. Kauã é uma benção na vida deste casal de meia idade.
Chico, meu marido, também é meio filho. Como todo homem, precisa de uma mulher que cuide.
Tenho também uma filha, Luísa, mas aí é uma outra história...

3 comentários:

  1. Que plágio, que nada, Renata! Tua história é pra lá de bonita e eu sou um privilegiado em conhecer teus filhos.
    Bjs!

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  2. Acho que vc é uma pessoa especial ...nada mais justo ter a família que tem !!!!Vc fez sua história e eu tive o privilégio de assistir de camarote!!!Bjs

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  3. VC É MESMO UMA MULHER MUIT ESPECIAL, RENATA,
    AGRADEÇO MUITO A DEUS POR TER COLOCADO VC EM NOSSOS CAMINHOS!!!!

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